Plano também incluía a prisão e execução de um ministro do STF
A Polícia Federal deflagra nesta terça-feira (19) a Operação Contragolpe, para desarticular uma organização criminosa que planejava um golpe de Estado contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin, eleitos em 2022, além de ações para restringir o Poder Judiciário.
As investigações apontam que o grupo, formado majoritariamente por militares das Forças Especiais, utilizou conhecimento técnico-militar avançado para planejar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. Entre os alvos da operação estão o general da reserva Mario Fernandes, ex-secretário do governo do presidente Jair Bolsonaro, e outros militares, além do policial federal Wladimir Matos Soares.
Segundo a PF, o grupo elaborou o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que incluía o homicídio dos então eleitos (Lula e Alckmin) e a prisão e execução de um ministro do STF. As ações planejadas envolviam uso de técnicas militares avançadas e a criação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” para gerenciar conflitos decorrentes do golpe.
A operação cumpre cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares, como proibição de contato entre investigados, entrega de passaportes e suspensão de funções públicas.